Maria Julio Sindona, nasceu em Orlandia, Estado de São Paulo, no dia 12 de janeiro de 1901, faleceu em São Paulo no dia 13 de fevereiro de 1978.
Filha de José Julio E Blandina Ignez Julio Foi casada com Salvador Sindona em 1929, e tiveram cinco filhos: 01 - Maria Blandina Julio Sindona Momo, que foi casada com Armando Momo, que tiveram dois filhos – Madalena Maria e José Armando; 02 - José Alfredo Felippe Sindona, que foi casado com Therezinha de Jesus Miorin Sindona, que tiveram quatro filhos: Maria Cristina, José Alfredo, Carlos Alberto e Regina Isabel; 03 – Anna Leontina Julio Sindona Frezza, que foi casada com João Frezza, que tiveram dois filhos: Salvador Primo e Camilo Aparecido; 04 – Salvador Sindona Filho, casado com Therezinha Colasurdo Sindona, que tiveram dois filhos: Salvador Sindona Neto e Ana Maria; 05 – Valdomiro Julio Sindona, que foi casado com Vera Maria D’Onófrio Sindona que tiveram um filho: Ricardo Julio. A prole de Maria Julio Sindona, encontra-se hoje, enriquecida com 18 bisnetos e 2 tetranetos, que por certo, irão honrar as tradições familiares. |
A família mudou-se para Osasco, então Sub-Distrito de São Paulo, em 27 de Março de 1924,
radicando-se no Bairro de Bussucaba, na Estrada de Bussucaba, S/Nº hoje Av. Pe. Vicente
Melilo Vicente Melilo, S/Nº, quando seus pais adquiriram uma Fazenda, e nela construíram a
Sede da mesma, uma residência de porte senhorial, com lagos, bosques, alamedas, de cujo
Edifício, ainda hoje existe e pertencente ao Banco Bradesco, S/A, no local hoje conhecido
como Chacara BRADESCO, tornando-se assim os pioneiros do Bairro de Bussucaba.
Para se ter uma idéia do tamanho da Fazenda, na área da mesma hoje estão instalados os seguintes bairros de OSASCO: Jardim Nova América; Jardim Oriental; JARDIM SINDONA; Jardim da Glória. Iniciava nos limites do Asilo São Vicente de Paula e margeando os dois lados da Av. Pe. Vicente Melilo avançava até as divisas com o Jardim D’Abril. O pioneirismo da Família José Julio foi tão grande e tão avançado para a época que, em 1928, adquiriu um Automóvel Ford, e Dona Maria Julio Sindona tornou-se a primeira mulher de Osasco a ser habilitada com uma “Carta de autorização para dirigir Vehículos de Tracção à motor”. A primeira rede de luz elétrica foi trazida para o Bairro de Bussucaba sob os auspícios da Família Junqueira, representada por Dona Alzira Junqueira (Dona Zilóca) e Família José Julio, representada por Dona Maria Julio Sindona. Em 1951 realizou o primeiro loteamento de parte da chácara Blandina denominando-o de Jardim Sindona que vai desde o lado direito da Avenida Salvador Sindona (homenageando seu marido) até a Rua José Lourenço. Em 1965 realizou o loteamento do restante da Chácara Blandina, completando o Jardim Sindona, cuja parte nova que vai do lado esquerdo da Avenida Salvador Sindona, até os limites do Jardim Novo Osasco, onde colocou o nome de seus pais, os Pioneiros do Bairro de Bussucaba, nas Avenidas José Julio e Blandina Ignez Julio, como justa homenagem àqueles que em 27 de março de 1924, notando a possibilidade desenvolvimento da região, não hesitaram em investir seus recursos no local, trazendo o progresso, para aquele imenso sertão, oferecendo empregos aos raros moradores da época, na região, bem como aos muitos habitantes que chegaram posteriormente trazidos inclusive pessoalmente por eles. |
Filha de Fazendeiros, desde menina, sempre auxiliou seus pais na administração das Fazendas
de propriedade da família, localizadas em Orlândia, Osasco (no Bairro de Bussucaba),
Xavantes, Assis, sendo a responsável pelos trabalhos burocráticos, administrativos e
financeiros, necessários às Fazendas, inclusive realizou trabalhos braçais na criação de
animais domésticos, plantação de diversas culturas especialmente, café, cítricos, hortaliças,
gado de corte, gado de leite e avicultura.
No período de 1930 a 1939, residiu na Fazenda Novo Destino em Assis, de propriedade de seu pai, onde executou com maior intensidade a administração da Fazenda, juntamente com seu marido Salvador Sindona, obtendo grande êxito nesse empreendimento, sem jamais se desligar de Osasco, especialmente do Bairro de Bussucaba, onde seus pais mantinham sua Fazenda e residiam. Retornou à Osasco, em 29 de janeiro de 1940, com sua família, já formada, quando assumiu a propriedade que herdou de sua mãe Blandina Ignez Julio, que havia falecido em 1937, residindo na Chácara Blandina, onde hoje está localizado o Departamento de Defesa Civil. Foi com seu marido uma das criadoras dos então cinturão verde da Capital, com plantações de hortifrutigranjeiros que davam sustentação aos Mercados Municipais de Pinheiros, Lapa, das Verduras e Central, estes na região Central da Capital. Construiu varias casas residenciais e comerciais na cidade de OSASCO, nas Avenidas 5 (Av. Salem Bechara) – Rua 40 (Rua Paulo Lício Rizzo, Rua Antonio Agú, Rua Primitiva Vianco, Estrada de Itú, Estrada de Bussucaba (Av. Pe. Vicente Melilo)). No período de 1949 a 1954, instalou um estabelecimento comercial à Av. Salem Bechara, de “Secos e Molhados”, denominado Bar e Empório São Salvador, que além das atividades intrínsecas ao nome comercial também possuía restaurante e outras atividades correlatas. |
Maria Julio Sindona, com seu espírito empreendedor, juntamente com outras Senhoras da
Sociedade Osasquense, especialmente Dona Alzira Junqueira (Dona Zilóca), trabalhou
intensamente na fundação, construção e manutenção do Hospital das Damas de Osasco, na
fundação e construção do Colégio Madre Rosselo (primeira escola de nível ginasial de Osasco),
na manutenção do Asilo São Vicente de Paula (Assistência Vicentina), manutenção do Seminário
Menor dos Padres Passionistas de Osasco, trabalhou para a vinda e sua manutenção em Osasco as
Freiras da Irmandade Nossa Senhora da Misericórdia, como entidade mantenedora do Colégio
Madre Rosselo, manutenção da Igreja de Santo Antonio de Osasco (hoje Catedral de Osasco),
onde por diversas oportunidades Foi festeiro e doadora de importantes contribuições para a
mesma, principalmente nas festas destinadas às crianças como Natal, Páscoa, Festas Juninas
Beneficentes e outras de interesse social.
Liderando uma comissão de Senhoras da Sociedade Osasquense, percorreu, as industrias, o comércio, as escolas, em fim todas as classes produtoras, solicitando que o dia 13 de Junho, dia do Padroeiro de Osasco, Santo Antonio, fossem dispensados os funcionários de seus afazeres, para dar maior brilhantismo às festividades em louvor ao Santo Antonio, no que foram atendidas (lembrando-se que naquele tempo Osasco era um simples Sub-Distrito da Capital, portanto sem feriado local próprio) e estabelecendo assim a tradição que posteriormente foi decretado pelo poder publico o feriado hoje comemorado, desde a criação no Município de Osasco, como o feriado em Osasco, o dia do Padroeiro. Colaborou com sua mãe Blandina Ignez Julio na Construção da Capela de Santo Expedito em Bussucaba, a primeira Igreja em louvor ao Santo da Causas Urgentes do Brasil. Doou o um terreno com mais de 1.100 m2, Avenida Blandina Ignes Julio, localizado no Jardim Sindona à Mitra Diocesana de Osasco, para a construção de uma Igreja em louvor à Santa Ignêz. Hoje, além dessa Santa, no mesmo terreno a Comunidade está construindo também o Santuário de Santo Expedito, desde abril de 2003, quando ocorreu o 1.700º aniversário do Martírio de Santo Expedito, acontecido em Militene, na Armênia no dia 19 de abril de 303. Construiu, na década de 1930, a Igreja de São José, no Patrimônio do mesmo nome, localizado junto à Fazenda Novo Destino, em Assis, onde residia. Recebeu de sua Santidade o Papa Paulo VI, a “BENÇÃO APOSTÓLICA IN ARTICULIS MORTIS”, pela sua incessante participação e contribuição nas áreas de assistência social e outras atividades da Igreja Católica Apostólica Romana, especialmente em Assis e OSASCO. Foi homenageada, em duas oportunidades, pela Sociedade Geográfica Brasileira com a MEDALHA DA PRIMAVERA e com a MEDALHA BRIGADEIRO COUTO DE MAGALHÃES, por seus trabalhos humanitários, cívicos e de preservação do meio ambiente, esta uma de suas constantes importante metas de sua vida. |
Pueril é supor desvinculada cada existência humana de quantos concorreram para lhe dar origem. Infelizes as famílias que não têm história. Não ter história é quase não ter nome; é quase não ter pátria. Felizes, ao contrário, as famílias que têm história, porque lhes é dado o júbilo de a recordar, porque ela constitui a fonte fecunda, inesgotável e profunda de suas energias morais; porque a cada passo, que dão, sentem, atrás de si, o rastro de sua própria imortalidade. Que é a nossa vida, senão a história que começa ? Que é a história, senão a vida que continua ? A história de nossa família, de nossa gente, de nossa casa está conosco. Respiram perto de nós. A sua presença todos adivinham. Ora bela, ora triste, é uma grande história. Hagop Koulkdjian Neto |