Monsenhor Camilo Ferrarini
Amor pela vida... Monsenhor Camilo Ferrarini nasceu aos 21 de Julho de 1.924, em Timbú Velho, cidade de Campina Grande do Sul, Município de Piraquara, próximo a Curitiba PR Foi registrado com o nome de Alberto Ferrarini. Ele foi o sétimo dos oito filhos de Giovanni (João) Ferrarini e Maria Slompo Ferrarini. Cursou as primeiras letras na escola isolada da Colônia Presidente Faria, município de Colombo/PR, ginasial no Juvenato Champagnat, Curitiba e o Científico, em Mendes, Rio de Janeiro, ambos dos Irmãos Maristas. Estava no 1º ano de Direito quando sentiu a vocação pelo Sacerdócio, abandonou-o e foi para o Noviciado da Congregação dos Padres Passionistas no Convento do Cabral em Curitiba/PR no dia 18.03.1.943. Em 05.04.1.947, recebeu o Santo Hábito. No ano de 1949, foi para São Carlos realizar os estudos de Filosofia. Retorna ao Convento do Cabral em Curitiba para cursar de Teologia. Em 02.06.1.952 recebe as “Ordens Menores”. Concluiu o Curso de Teologia no Calvário em São Paulo. Em 1.953, recebeu o Subdiaconato na Basílica de São Bento/SP e no ano seguinte o Diaconato no Seminário do Ipiranga/SP. Foi ordenado Sacerdote em 12.06.1954 na Igreja dos Padres do Verbo Divino em Santo Amaro/SP. No dia seguinte, 13.06.1954 rezou a primeira Missa na Igreja do Calvário/SP. Em 1954 assumiu a Paróquia de Santo Antônio em Osasco, como Vigário Coadjutor e logo depois como Vigário Geral, até 1.959. De 1959 á 1964, exerceu o cargo de Vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário em Colombo/PR. É nomeado pelo Bispo de Paranaguá, D. Bernardo Nolker, para atuar como vigário dos municípios de Bocaiúva do Sul, Cerro Azul e Adrianópolis, todas no Paraná. Em 1.965, assume pela segunda vez, como Vigário, a Paróquia de Santo Antônio, Osasco/SP. Nesta trabalha da construção da nova Igreja Matriz de Santo Antônio até a cobertura. Em 1967 Dom Agnelo Rossi, então Cardeal de São Paulo, elegeu o Padre Camilo como Vigário e Episcopal da Região de Osasco, Carapicuíba, Itapevi, Barueri, Remédios e Jandira, cargo esse exercido por cinco anos. Neste período recebeu o título de “Monsenhor”. Em 1971, terminado o seu mandato como Vigário Episcopal, assume uma paróquia em Avaré/SP, porém antes resolve ir a uma festa de Santa Rita na cidade de Itu/SP. O povo ituano se encantou com aquele Monsenhor sorridente. E como o então vigário Padre Luiz Gonzaga já estava de malas prontas para se transferir de Itu, uma comissão de paroquianos se reuniu e resolveu pedir ao Bispo de Botucatu, Dom Zione, a qual pertencia a paróquia de Avaré, que o deixasse ficar em Itu, o Bispo acabou permitindo. Em maio de 1971 o Monsenhor Camilo Ferrarini assumiu a paróquia de Nossa Senhora da Candelária agregando-se a Diocese de Jundiaí. Vigário de Itu, exerceu este cargo por 23 anos de 1971 a 1994. Sua Missa das Crianças, aos domingos, era concorrida. A igreja ficava lotada tanto de crianças, como de jovens e adultos. Chegou a ter mais de oitenta coroinhas de uma vez só, além das crianças da catequese, do MAC (Meninas que Ajudavam Casamentos) e do MEJ (Movimento do Encontro com Jesus) que tinha crianças menores de oito anos. Dirigiu esta paróquia e ainda ajudou a construir novas paróquias na cidade. Foi um exemplo de Sacerdote, amigo, irmão, conselheiro, confessor e pai. Em 10.04.1994 se ausentou da paróquia Nossa Senhora da Candelária. Porém continuou morando em Itu em uma casa. Chegava a atender mais de cem pessoas em um único dia. No mês de Maio de 1997 após um Check-up, descobriu uma Leucemia do tipo I. Começou um longo tratamento e devido a sua doença foi obrigado a parar de atender as pessoas em sua casa. A doença estava controlada, porém exigia cuidados. Voltou a trabalhar celebrando missas e casamentos e atendendo com parcimônia o povo em sua casa. Sofre um acidente de carro, em 1.998, em visita aos seus parentes na Itália. Segundo ele, foi salvo a invocar a proteção de Santa Rita. Recupera-se, mas surgem os primeiros sinais do Mal de Parkinson, impedindo-o de se locomover e limitando também outros movimentos, afetando até a voz. Estas duas doenças contribuíram para que o seu organismo ficasse debilitado, e propenso a ter Pneumonia, tanto que em 2.002 chegou a ficar internado 4 vezes no ano. No ano de 2.003, foi visitar parentes em Curitiba, e tinha certeza que essa seria a última vez que faria uma viagem à Curitiba/PR. Passa mal Curitiba, com muita febre, tremor e com dificuldade de comunicação, eram sinais de Pneumonia. É removido para o hospital Sanatorinhos (antiga Santa Casa) de Itu. Recebe cuidados, mas seu organismo estava debilitado. Retorno para UTI, e é induzido a um coma e entubado. 12 dias de UTI e é levado para um quarto, já que o estado era irreversível, assim era uma forma de estar com seus paroquianos. Não falava, não se movimentava, e se alimentava por sonda, mas esteve sempre consciente e ficou com um olhar fixo na imagem de Santa Rita pelos últimos 4 dias de vida. Na madrugada do dia 02 de Junho de 2.003, às 03:10h falece neste hospital em Itu, após 45 dias de hospitalização. O corpo foi velado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, aonde milhares de fieis fizeram fila para se despedirem. Á tarde foi celebrada a Missa de Corpo Presente pelo Bispo Dom Amaury Castanho, 19 Padres, Ministros e Diáconos. Seu féretro foi conduzido pelo Corpo de Bombeiros passando pelas Ruas da Cidade de Itu, inclusive parando por um minuto enfrente a Igreja de Santa Rita, atrás, uma multidão seguia silenciosamente, até o Cemitério Municipal. Monsenhor Camilo Ferrarini será lembrado como um exemplo de Santidade e sabedoria, modelo de Cristo na Terra... |
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