Osasco Antiga
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Estatudo da União Armênios de "Salno Tzor" de Presidente Altino 1928
Diário Oficial do Estado de São Paulo de 18/10/1928
Diário Oficial do Estado de São Paulo de 19/10/1928
Estatudo da Sociedade
"União Patriótica Yozgat e Arrabaldes" 1932
Tradições 1
Harissa ou Herissè
Histórico Imóveis da Comunidade
Entidade "União Compatriotas de SIS"
Fotos diversas para identificação
material em fase de digitalização
material em fase de digitalização
Breve História da Família Hagop Koulkdjian


Localização e Origens do Povo Armênio
A Armênia historicamente está localizada entre os rios: Araxes, Eufrates e Tigre, o que correspondia ao equivalente de ser a fronteira entre o Oriente Próximo e a Ásia, sendo por conta disso um importante eixo comercial e área estratégica. Como apontado por Freitas (2000) esta localização fez com que a Armênia fosse marcada por diversos períodos de perseguição, expulsão, domínio estrangeiro, guerras, massacres e genocídio. A migração dos armênios a partir da pátria original se estabelecendo em várias partes do mundo passa a ser uma característica permanente da historiografia armênia.

 Rio Tigre

Rio Tigre

Rio Eufrates

Rio Eufrates



 Rio Araks.jpg

Etimologia e história

O Aras (também conhecido como Araks, Arax, Araxes ou Araz) é um rio no Cáucaso.

Na tradição armênia, o rio tem o nome de Arast , um bisneto do lendário patriarca armênio Haik. O nome
foi posteriormente helenizado para Araxes e aplicado à cultura Kura-Araxes, um povo pré-histórico que
floresceu nos vales do Kura e Aras. O rio também é mencionado no último capítulo da Eneida VIII de
Virgílio, como "zangado com a ponte", pois os romanos construíram uma ponte sobre ele, para que assim
fosse conquistado. O rio Aras tem sido associado aos rios bíblicos Giom e Pishon. Robert H. Hewsend
escreveu Aras como o único "verdadeiro rio" da Armênia e como "Mãe Araxes", um símbolo de orgulho para
o povo armênio.



O poema abaixo, de autor desconhecido do século XI descreve bem a questão da localização da Armênia:

A espada ao Leste, morte ao Oeste
chamas ao Norte e sangue no Sul
Alegria nos abandonou, as liras estão silenciosas
como os tambores, soluços se apregoam.
(FREITAS, 2000, p. 78)

A formação do povo armênio estima-se ter iniciado há cerca de 3.000 anos, por conta de registros históricos recolhidos de diversas civilizações que habitavam próximas à Armênia e também pela presença de ruínas de aquedutos, fortalezas, palácios, cidadelas e templos dos séculos IX a VII a.C. encontrados em escavações em sítios arqueológicos localizados em cidades como Tushba (Van), que hoje pertence ao Irã, Erebuni, que a partir de sua fortaleza originou-se a capital da Armênia, Yerevan que em 2017 completou 2799 anos, Argistkhilini e Altintipe.

A história da Armênia pode ser interpretada a partir de três versões diferentes, sendo duas científicas e uma religiosa, como apresentado na obra Sapezian (1998). Na versão religiosa encontra-se a história de Hayg, fundador da nação armênia, mostrando que o povo armênio jamais se rende a conquistadores e sempre luta pela liberdade.

Hayk

Estatua de Haik na Armênia

Haik,

descendente de Jafé,

era trineto de Noé


Segundo a tradição, Hayk derrotou Bel no dia 11 agosto de 2492 aC
As origens exatas do povo armênio tendem a ser borradas pelas
brumas do tempo. A história moderna tem as suas respostas para a
pergunta: “Quando, onde e como a nação armênia foi formada?”, com
um pouco de ajuda da arqueologia, embora mais ajuda – tanto na
Armênia de hoje e na Turquia – seria útil.

A mitologia, por outro lado, tem a sua própria história para
contar, às vezes ecoando fatos históricos, mas principalmente
inspirando lendas tradicionais.

Hayk é o “nahapet”, o progenitor ou patriarca original dos
armênios. Ele levou a sua família de 300 pessoas para longe da
Babilônia, sendo perseguido por seu senhor, Bel. Uma grande
batalha aconteceu, durante a qual a flecha do Hayk acertou o
alvo, matando Bel, e dando início a liberdade e a uma nova era.
Uma versão do calendário armênio começa com esta data, como o
ano novo. O ano desse evento, 2.492 aC, foi calculado em tempos
modernos.

Este conto é capturado na história armênia de Movses Khorenatsi,
segundo a tradição, um estudante de Mesrop Mashtots (a quem são
atribuídos o alfabeto armênio e as primeiras escolas armênias do
século 5 dC). As fortes tendências cristãs daquela época pode
fazer um bom encontro entre a história de Hayk e Bel e a
Torre de Babel e os temas de rejeição, luta e exílio no Antigo
Testamento. A tradução armênia da Bíblia, na verdade, refere-se
à constelação de Orion como Hayk, quando mencionada no livro de
Jó.

Deixando os heróis e semi-deuses de lado, o nome que os armênios
deram a si mesmos – escrita em português como “hay” – é
frequentemente associado a Hayk, assim como o nome do país em
armênio é “Hayastan”, e seu nome no armênio clássico, “Hayk”. As
palavras não correspondem totalmente, no entanto.
As inconsistências linguísticas podem ter algumas explicações
etimológicas plausíveis por de trás. Além disso, o nome
“Hayasa” tem sido atribuído a um reino pouco conhecido do século
XVI aC na mesma área onde posteriormente surgiram os reinos de
Urartu e a Armênia. Essa descoberta também explicar o nome dado
aos armênios.

Enquanto isso, o nome do progenitor, que pronuncia-se “Hayg” em
armênio ocidental, vive hoje como um nome masculino entre os
armênios (e “Hayguhi” como um nome feminino).



Esta história povoa o imaginário armênio até os dias de hoje e é rememorada durante festas da comunidade armênia de todo o mundo, pois é considerada o início do calendário armênio pagão.

A primeira versão científica fala a respeito dos frígios, armênios e os troianos, que eram da mesma família indo europeia.

Por tempo indeterminado, quase 500 anos, estes três povos viveram quase juntos, os frígios de preferência na parte litoral e ocidental da Ásia Menor, fundando aí a Frígia; os armênios na parte central e litoral do norte, enquanto que os troianos instalaram-se na extremidade litorânea do estreito de Dardanelos, onde fundaram a famosa cidade de Tróia. Os armênios, devido suas relações comerciais e sociais, estavam em contínuo contacto com os hititas e com os urartus, isso mais ou menos em 650 a.C.

O Império dos hititas estava desaparecendo como ‘estado-único’, o Império assírio da Mesopotâmia estava enfraquecido, e ao oeste o Reino de Urartú chegava ao fim de suas forças, quando os armênios em busca de um lugar mais seguro para a própria defesa, separaram-se dos frígios e avançaram para o oeste, sobre o Reino de Urartú.
(KEROUZIAN, 1964, p. 263)

O autor ainda continua discorrendo sobre as características da união dos dois povos:
(...) fusão dos povos procedeu-se normalmente, como uma transferência natural de uma herança, de um para outro, tanto que o nome Urartú, mesmo depois de ter deixado de existir, continuou a ser sinônimo de Armênia e Ararat.
(KEROUZIAN, 1964, p. 263)

Este fato gerou o tipo armenoide, que tem as seguintes características fenotípicas:
(...) de tipo acentuadamente braquicéfalo, de estatura abaixo da média (1,62), de pigmentação mate da pele, de cabelos brunos com reflexos amarelados ou avermelhados, de olhos geralmente escuros e, só muito raramente, azuis ou verdes.
(VIANNA 1940, p.610-611 apud GRUN,1992, p.33)

A última explicação científica, que foi formulada por historiadores armênios, e como bem descreve Freitas (2000): (...) aproximadamente em XIV a.C. pequenas nações de consanguinidade armênia já viviam na parte oriental da Anatólia e na parte ocidental do planalto do Ararat. Entre essas nações destaca-se a dos “hai e dos “armê”. A Armênia surgiu devido à penetração desses dois povos no reino de Urartu. (FREITAS, 2000, p.79)

A Armênia cultuava o paganismo devido aos diferentes povos que ao longo de sua história haviam influenciado sua constituição, seja por serem parte de um Império ou por influência dos países vizinhos.

Em 301 d.C. a Armênia admite como religião nacional o cristianismo, que fora pregado pelos apóstolos de Jesus Cristo – Tadeu e Bartolomeu – sendo assim a pioneira no mundo, como apresentado em (Ornamian 2003). Este fator é um dos componentes mais destacados da identidade armênia, podendo ser observado ao constatar-se que continua a ser a religião oficial da Armênia atualmente, o que traz grande poder estatal à Igreja, participando de pronunciamentos públicos e cerimônias, mas também por ser um dos diferenciais desse povo ao se localizar numa região predominantemente muçulmana. A fé é um motivo de muito orgulho para os armênios, tendo por este motivo muitos mártires ao longo de sua história.

Aproximadamente em 405 d.C., por conta da necessidade de evangelização do povo armênio de forma diferente da oral, necessidade de ter um idioma próprio para a transcrição de textos religiosos e para marcar mais ainda a identidade armênia como diferente da de seus vizinhos, Mesrob Mashdots, um monge armênio, com ajuda de alguns de seus estudantes cria um alfabeto de 36 letras, diferente de todas as línguas indo europeias, com uma mistura particular de palavras do urartu, empréstimos das línguas grega e persa, porém com características únicas, como pode-se observar no museu dos manuscritos armênios, Instituto Mashtots de Manuscritos Antigos (Matenadaran), em Yerevan.

 Matenadaranat

(Matenadaran) - Instituto Mashtots de Manuscritos Antigos

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Antigo manuscrito armênio
Definições de Filosofia, Sécs. 5º - 6º Instituto Mashtots



Alfabeto armênio

Evolução do Alfabeto Armênio


Com o passar dos anos observou-se a necessidade de acréscimo de outras duas letras ao alfabeto. A língua armênia possui dois segmentos: o armênio clássico (Grapar), que é a língua usada até hoje nas liturgias armênias e o armênio moderno. Possui também dois dialetos: o armênio oriental, que é a língua oficial da Armênia, que sofreu interferências russas e revisões gramaticais, e o armênio ocidental, que é o falado na Diáspora, portanto inalterado desde 1915.


História da Imigração Armênia em Osasco
Este espaço é dedicado a todos os armênios que vindos da distante terra da armênia chegaram a Osasco e aqui reedificaram suas vidas trazendo consigo toda a carga cultural de um povo milenar.

Através de narrativas e muitas fotos pretendo mostrar um pouco do passado e do presente da atuação e vivencia dos membros da colônia Armênia em Osasco.


Uma imigração Forçada
Os primeiros imigrantes armênios e seus descendentes tiveram e continuam tendo um papel significativo em diversos aspectos da vida osasquense, quer politico, comercial e cultural.

A grande diferença da imigração armênia em relação aos outros imigrantes europeus que chegaram a Osasco era o fato de que os armênios foram expulsos ou fugiram de sua terra natal devido ao genocídio impetrado pelo então “ governo dos Jovens Turcos Otomanos” que resultou no extermínio de 1.500 (um milhão e quinhentos mil) armênios.

Assim diferentemente dos outros imigrantes europeus, que puderam pensar e planejar sua imigração, trazendo consigo algum bem, para se estabelecer no novo pais, os armênios vieram desprovidos de tudo, traziam consigo apenas a roupa do corpo e os traumas de quem perdeu pai, mãe, perdeu seus bens, terra e partiram em uma fuga trágica pelos desertos da Síria.

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Família de deportados armênios.
Região da Síria.
data: 1915

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Entregues a própria sorte
Sob o sol do deserto da Síria
data: 1915



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Deportação de armênios
Ferrovia Bagdá

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Síria-Aleppo. Mulher armênia ajoelhada
ao lado de criança morta
em campo de deportação.
Ao longo da caminhada muitos iam
morrendo de fome e sede


Os sobreviventes do massacre refugiaram-se na Síria, Grécia, Chipre, Egito, Iraque e principalmente no Líbano, na época território francês. Foram os franceses que auxiliaram os armênios a obter a documentação necessária para emigrarem para outros países. Durante toda a década de 1920, os armênios emigraram em massa para várias partes do mundo, e em maior número para Europa, América do Norte e América do Sul, a chamada “grande diáspora”.

O que caracterizou a imigração dos armênios não foi a busca por uma melhor situação econômica ou simplesmente a aventura de tentar uma nova vida, mas sim, alcançar refúgio, afinal havia a esperança de retornar à terra natal.


Origem dos imigrantes armênios que chegaram a Osasco
O mapa abaixo mostra as províncias Orientais do império Turco Otomano - Armênia - Armênia Ocidental.

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Mapa 1


É dessa região (tarjada em verde no mapa) a origem da maioria dos armênios que chegaram a Osasco. O percurso foi longo desde a deportação através do deserto da Síria até chegarem na França, mais precisamente, no porto de Marselha. Dai muitos embarcaram rumo a América.


Genocídio
Após ser dividida entre o Império Otomano e a Pérsia em 1524, no Império Otomano os armênios eram tratados de forma diferenciada dos turcos, tendo menos direitos e pagando mais impostos, porém tinham certa liberdade religiosa, podendo erigir Igrejas e dentro ou em prédios anexos à ela, criar escolas para educar os pequenos. O idioma turco era obrigatório, porém entre a comunidade era permitido o uso do idioma armênio. Por conta da educação elevada, os armênios começaram a se destacar. Muitos estudavam também em colégios de missões americanas, e o número de estudantes armênios que fazia faculdade na Europa e depois retornava ao Império, assumindo posições de destaque, era muito grande.

Hábeis comerciantes e artesãos, muitas vezes trabalhavam a matéria prima comprada dos cidadãos turcos. Vários armênios eram conselheiros dos sultões. A convivência entre armênios e turcos poderia ser descrita como amigável:
“Após alguns movimentos emancipacionistas no século XVII, em 1828 foi anexada à Rússia uma parte importante do território armênio. Simultaneamente, o despertar cultural e nacional criaria entre os armênios a firme convicção de seus direitos, que ingressaram no âmbito da diplomacia internacional através dos Tratados de São Estéfano e de Berlim (1878).

O ressurgimento nacional induziu à criação dos partidos políticos que orientaram o movimento armênio de emancipação.”
(KECHICHIAN, 2000, p.16)

A situação começou a mudar quando os armênios começaram a reivindicar mais direitos, por conta de situações como saques e destruição de vilas armênias pelos curdos. Os armênios não podiam ter armas e com isso não tinham como se proteger, esperando do Estado otomano este respaldo. O sultão Abd-Ul-Hamid II, não gostou das reivindicações armênias e em consequência disso organizou massacres e deportações de armênios entre os anos de 1894 e 1896. O número de mortos é estimado em 300 mil.

Os massacres hamidianos, como ficaram conhecidos, deram a fama a Abd-Ul-Hamid II de "Sultão Vermelho" ou "Sultão Sangrento". Nesta época os armênios começaram a se organizar mais ainda politicamente e aliaram se aos Jovens Turcos, grupo político que se opunha ao regime de Abd-Ul-Hamid II e propunha reformas que modernizariam o Império e beneficiariam os armênios. Mal sabiam os armênios que haviam se aliado a seus futuros algozes. Com a perda dos territórios Balcãs, Abd-Ul-Hamid II foi deposto e os Jovens Turcos assumem o poder. Havia uma situação de tensão por conta da falta de assentamentos para a população turca. Pouco tempo depois, os Jovens Turcos começam uma política nacionalista, visando o pan-turquismo que começou a alarmar os armênios.

Abd-Ul-Hamid II

Abd-Ul-Hamid II
"Sultão Vermelho"
"Sultão Sangrento"

Jovens Turcos

Jovens Turcos
declarando a revolução.



Em 1914 tem início a Primeira Guerra Mundial e os turcos se aliam à Tríplice Aliança. Como o território armênio era dividido entre o Império Otomano na parte ocidental e Império Russo na parte oriental, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial os armênios ficaram em frentes diferentes. Aproveitando-se deste fator, os turcos ameaçaram os armênios de traição, de ajudarem os russos, enviando informações e planejando ataques. O governo otomano já tinha um plano e só esperava o momento propício para colocá-lo em prática.

No livro de Amiralian (2011), são expostos interessantes pontos da Declaração Universal dos Direitos dos Povos de 1976, que ainda não havia sido criada à época do Genocídio Armênio. São eles:

”O Artigo 1º Declaração Universal dos Direitos dos Povos da dispõe: ‘Todo povo tem o direito à existência’.

E o artigo 2º: ‘É inviolável a todo povo o direito ao respeito à sua identidade nacional ou cultural.’

Acrescenta o artigo 3º: ‘Todo povo tem o direito de manter a posse pacífica do seu território e voltar a ele se tiver sido expulso.’

E, finalmente, o artigo 4º confronta diretamente a realidade do genocídio: ‘Ninguém será submetido, por sua identidade nacional ou cultural, a massacre, tortura, perseguição, deportação, expulsão ou a condições de vida que possam comprometer a identidade ou integridade do povo ao qual pertence’.”

Porém, em 24 de abril de 1915, data simbólica do início do Genocídio Armênio por conta do assassinato de cerca de 250 autoridades religiosas, intelectuais e artistas, eliminando assim toda uma classe cultural, científica e produtora de conteúdo armênio, todos os artigos do que um dia viria a ser a Declaração Universal dos Direitos dos Povos seriam violados. Ainda segundo Amiralian (2011), de acordo com a Convenção sobre Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, que foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 9 de dezembro de 1948, o genocídio “é um crime sujeito à lei internacional”, quer seja “cometido em tempo de paz ou em tempo de guerra” (artigo 1).

“Genocídio significa qualquer dos seguintes atos cometidos com intenção de destruir total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, tais como:
- Matando membros de um grupo;
- Causando danos físicos ou mentais sérios aos membros deum grupo;
- Infligindo, deliberadamente, sobre o grupo, condições devida planejadas para efetuar sua destruição física total ou parcial;
- Impondo medidas com intenção de prevenir nascimentos dentro do grupo;
- Forçando a transferência de crianças de um grupo para outro. (Artigo II).

Nos termos do artigo III: Os atos que seguem são passíveis de punição:
- Genocídio
- Conspiração para cometer genocídio;
- Incitamento direto e público para cometer genocídio:
- Tentativa de cometer genocídio e,
- Cumplicidade no genocídio.
Por fim, o artigo IV estabelece que pessoas culpadas de quaisquer atos acima mencionados deverão ser punidas:
“mesmo que sejam, de acordo com a Constituição, governantes, funcionários públicos ou indivíduos (civis).”
(AMIRALIAN,2011, p.30-31).

Paulatinamente todos os terríveis atos discriminados nos Artigos II e III recaíram sobre à população armênia. Toda família armênia tem uma cicatriz, de algum familiar que faleceu durante o Genocídio. Todo armênio tem uma história de imigração forçada e um clamor para voltar ao que um dia foi sua pátria. Todo armênio sofre a indignação a respeito do Genocídio Armênio ser negado pela Turquia e por conta do lobby que ela exerce em outros países, ainda não reconhecido oficialmente por nações como a Inglaterra por exemplo, que durante o Genocídio tiveram seus embaixadores e jornalistas como testemunhas oculares do que estava acontecendo, entre tantas outras nações.

As evidências do que ocorreu são inúmeras e a maioria tem respaldo de autoridades internacionais como verídicas, além de todas as fotos e filmagens amplamente realizadas naquele período. Tanto a Convenção sobre Prevenção e Punição do Crime de Genocídio da Assembleia Geral das Nações Unidas de 9 de dezembro de 1948 como a Declaração Universal dos Direitos dos Povos de 1976 ao estabelecerem direitos em relação a liberdade de expressão e existência ou recomendações condenatórias ao crime de genocídio são fortes argumentos que apoiam uma causa armênia atual de obter perante a comunidade internacional o reconhecimento da existência do Genocídio Armênio a partir de 1915. E apesar destes tratados terem sido elaborados muito tempo depois do fato ocorrido, representam ao menos um avanço em relação à condenação desse tipo de prática.

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Exaustos e famintos

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Algumas vítimas



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Imagem do Instituto-Museu do Genocídio Armênio, na qual se vê um grupo de armênios enforcados pelas forças otomanas em junho de 1915

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Vítimas do Genocidio



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Jovens armênias crucificadas pelos turcos

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Soldados turcos posam depois do enforcamento de vários armênios em 1915 em Aleppo, na Síria.



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Uma mãe armênia se senta ao lado dos cadáveres dos seus cinco filhos.

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Armênios alinhados por volta de 1918. Quase todos eles foram levados para o deserto e executados.



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Sobreviventes do genocídio que fugiram para Jerusalém, em 1918.

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Um refugiado armênio com seus filhos na Síria, em 1915.


A Turquia foge da responsabilidade histórica de reconhecer o crime, o genocídio que seus antepassados fizeram e com isso não oferece a reparação moral aos que sofreram, não devolve as terras que usurpou e continua a praticar o genocídio ao não reconhecê-lo.

Atualmente 23 países reconhecem o Genocídio Armênio, entre eles a Alemanha que em 2015 durante as rememorações do centenário do Genocídio Armênio não só o reconheceu como admitiu que fez parte dele ao ajudar os turcos, que eram seus aliados, com estratégias e exércitos e também não impedindo-os de realizarem o genocídio. Os números do genocídio são 1.500.000 de armênios mortos e uma diáspora que atualmente conta com aproximadamente 8 milhões de pessoas. (Museu do Genocídio Armênio). Se o Genocídio Armênio tivesse sido reconhecido mundialmente, histórias tristes como o Holocausto poderiam não ter ocorrido, pois diz-se que Hitler antes de iniciar esses massacres disse: “E quem afinal se lembra dos armênios?” (Museu do Genocídio Armênio).


Chegando a um Destino de Paz
Viajavam em navios de carga, amontoados nos porões, levando quase que somente a roupa do corpo. Aqueles que vinham ao Brasil desembarcavam em Porto Alegre, no Rio de Janeiro, e em sua grande maioria, no Porto de Santos, onde abrigavam-se na estação ferroviária e, em seguida, subiam a serra para chegar a São Paulo.

Muitos eram acolhidos por um grande benemérito da colônia armênia, Rizkallah Jorge Tahanian, que acomodava as famílias em um casarão que possuía na esquina da Rua Anhangabaú (atual 25 de Março) com a Barão Duprat. Nos três andares do edifício, cortinas delimitavam o espaço de cada família. Quando já tinham condições, em geral após alguns meses, as famílias se mudavam para residências próprias, liberando espaço para que novos imigrantes se instalassem.

Algumas famílias alugavam sobrados em conjunto, cada uma ocupando um quarto e utilizando as outras dependências, como banheiro e cozinha, de forma comunitária.

Na Rua Florêncio de Abreu havia um salão, também pertencente ao senhor Rizkallah Jorge, que era usado como igreja, sendo as missas rezadas pelo padre Gabriel Samuelian. Outros foram acolhidos por Vahram Keutenedjian, outro grande benemérito da colônia.

As primeiras famílias armênias chegaram ao Brasil no final do século XIX, entre elas os Gasparian, os Keutenedjian, Rizkallah Jorge Tahanian e o Engenheiro Mihran Latifian (construtor da Ferrovia Imperatriz Leopoldina), resultado das ações turcas da década de 1890. Curiosamente foram elas que, por já estarem estabelecidas no país, receberam os grandes contingentes de imigrantes anos depois.

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Rizkallah Jorge Tahan (1868-1949)
Chega no Brasil em 1895

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Busto de Vahram Keutenedjian
Nos jardins da Igreja em Osasco



Os armênios começavam a ganhar a vida no novo país de maneira bem humilde, como mascates, pequenos comerciantes, operários, engraxando sapatos, vendendo amendoim, limonada...

A ave chamada “grunk” (grou) é o símbolo da imigração Armênia, sempre voando para a terra natal para trazer notícias.


Imigrantes Armênios chegam em Osasco
A partir dos anos vinte do século XX, começam a chegar na vila Osasco mais precisamente onde hoje é o bairro de Presidente Altino, as primeiras famílias de imigrantes armênios que desembarcaram no Porto de Santos.

A escolha do lugar se deve principalmente pela oportunidade de trabalho em uma empresa que à época privilegiava a mão de obra desses imigrantes que era o Frigorifico Wilson.

Esse privilégio se devia ao fato desses imigrantes terem facil adaptação ao frio e assim renderem muito mais nas camaras frias dessa industria. Outro fator para virem a Presidente Altino era o baixo custo para se adquirir terras além do serviço de transporte ferroviário que facilitava para aqueles que trabalhavam na região da 25 de março e entorno.

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Cia. Cerâmica Industrial de Osasco (HERVY) em 1930

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Frigorifico Wilson em Presidente Altino
foi o 2º frigorifico do Brasil



Para a região de Osasco chegavam também imigrantes russos, poloneses, ucranianos, gregos, japoneses entre outros.

Na época as terras dessa região (Presidente Altino), na grande maioria, pertenciam a Cia. Cerâmica Industrial de Osasco. Que elaborou o traçado e loteamento dos terrenos.

Para tanto foram realizadas obras de retificação de vários pontos que na época de chuvas eram alagados em grandes extensões e assim permaneciam por vários meses no ano.

As obras de aterramento dessas várzeas tornou o bairro na forma plana que hoje se encontra. este foi o primeiro bairro de Osasco que contou com um planejamento para o seu loteamento

Diferentemente de outros bairros de Osasco, Presidente Altino além de plano possui ruas largas e quarteirões bem regulares e definidos.

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Planta de loteamento
Presidente Altino

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Planta de loteamento
Presidente Altino



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Família Guselian
Presidente Altino

Imigrante oriundo da antiga cidade de Sis na Armênia - Turca Otomana (Atual cidade de Kosan - Turquia), Agop Guselian um dos primeiros imigrantes armênios que chegou a Presidente Altino e se estabeleceu.

Negociante nato logo atingiu sua estabilidade financeira.

Foi um dos primeiros imigrantes armênios a negociar lotes com a companhia Cerâmica Hervy.


Através do conhecimento e experiência adquirida na transação de compra de terrenos junto a Cia. Cerâmica Industrial de Osasco (Hervy), o Sr. Agop Guselian passou a ser procurado por seus patrícios interessados em adquirir terrenos.

Muitos não possuíam as condições financeiras necessárias para a compra ou necessitavam parcelar o pagamento. Nesse sentido o Sr. Agop Guselian muitas vezes ajudava avalizando a negociação e até emprestando o dinheiro.

Em 1928, os armênios de Presidente Altino decidiram congregar-se com a finalidade de auxiliarem uns aos outros nos planos material e afetivo. Realizaram uma reunião na residência de Thomaz Kechichian no dia 1º de maio de 1928, na qual foram eleitos Keghan Karaghanian (presidente), Dikran Echrefian (vice-presidente), Agop Guzelian (secretário), Sanazar Mardiros Lopoian (tesoureiro), Zefri Magdesian (bibliotecário), Tomas Kechichian e Arsen Bulbulian (conselheiros). Era constituída a "União Salmo Tzor de Presidente Altino".

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Primeira comissão da colônia armênia de Presidente Altino:
Em pé (da esquerda para a direita): Hagop Manuchakian, Zefri Maghdezian.
Sentados: Stepan Paladjian, Dikran Echrefian (Presidente),
Sanazar Mardiros, Arsen Bulbulian e Agop Guzelian.



A União era formada por moradores de Presidente Altino maiores de 18 anos. Tanto homens quanto mulheres podiam integrar-se a ela após residirem por seis meses no bairro, e não havia discriminação por convicções políticas ou religiosas. Por um ano, o integrante era um “membro ajudante”. Após este período, era avaliado para tornar-se membro efetivo, quando passava a ter direito de votar e de ser eleito. A União era sustentada pelas mensalidades pagas pelos membros (três cruzeiros, na época), por doações e pela renda gerada por rifas, festas e apresentações.

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General Antranik

Com uma festa em homenagem ao general Antranig, que reuniu todos os armênios
de Presidente Altino, a União iniciou suas atividades.

A arrecadação desta e de outras festas, acrescida das mensalidades e de doações, proporcionou a compra de um lote de 500 m2. O proprietário, que era a Cia.
Cerâmica Industrial de Osasco, vendeu-o por um quinto do valor real.

Pouco tempo depois foram adquiridos mais dois lotes, totalizando uma área de
1.500 m2.

Esse terreno ficou provisoriamente em nome de quatro integrantes da União:
Agop Guzelian, Zefri Magdesian, Dikran Echrefian e Sanazar
Mardiros Lopoian.


Em virtude de divergências, mudou-se, em uma reunião geral, o nome da União para “Sociedade Armênia de Presidente Altino”.

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Arcipreste Gabriel Samuelian

O espaço já havia sido adquirido. Faltava realizar o sonho de construir uma igreja.

Após mais uma campanha de arrecadações, iniciou-se a construção.

Em 4 de maio de 1930, o Arcipreste Gabriel Samuelian abençoou a pedra fundamental do novo templo.


Levantaram-se as paredes até a altura de um metro e meio, mas o dinheiro acabou. A Diretoria, então, pediu ajuda ao Sr. Vahram Keutenedjian, que prontamente enviou um engenheiro. Em oito dias chegaram os materiais de construção e os trabalhadores para terminar a obra, que pouco tempo depois seria concluída.

O Sr. Vahram recusou as homenagens que lhe queriam prestar, afirmando ter dado apenas uma pequena contribuição. Mesmo assim, ele foi homenageado: a primeira Igreja Armênia do Brasil recebeu o nome de seu pai, Meguerditch. Foi intitulada Igreja Apostólica Armênia São João Batista (Surp Hovhannês Meguerditch).

Quando a construção da igreja foi concluída, em 1932, a Sociedade Armênia de Presidente Altino foi encerrada e o povo elegeu uma nova comissão diretora, formada por Dicran Echrefian (presidente), Hagop Manuchaguian (secretário), e Sanazar Mardiros Lopoian, Hagop Guzelian, Arsen Bulbulian, Zefri Magdesian e Stephan Paladjian (conselheiros).

Já em 1932, quarenta e cinco alunos eram lá educados pelos professores Keghan Karahanian e Arshaluis Asdurian. Até 1946, a Igreja foi utilizada também como escola, 80 alunos possuíam uma professora de português e uma de armênio.

A consagração da Igreja aconteceu em 1941...

Restauração da Igreja para as comemorações dos 80 anos


Em Janeiro de 2012 ano em que a Igreja comemorou 80 anos, a diretoria executiva e diretoria do conselho deliberativo, entenderam por bem realizar uma restauração na parte externa da igreja que apresentava alguns problemas estruturais.

cao igreja restauro

Restauro Igreja

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Restauro Igreja



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Restauro Igreja

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Restauro Igreja



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Restauro Igreja

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Restauro Igreja



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Restauro Igreja

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Restauro Igreja

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Restauro Igreja



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Restauro Igreja

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Restauro Igreja



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Restauro Igreja

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Restauro Igreja



Em 1º de março de 1942 foi criada a SEC-MAPA (Sociedade Esportiva e Cultural - Mocidade Armênia de Presidente Altino). A Diretoria era composta por Abraão Manuchakian (Presidente), Arthur Charles Tchalekian, Artin Pochoglonian, Hatchadur Derderian, Nubar Kurkdjian, Avedis Seferian, Avedis Tchalekian, Harutiun Tavitian e Azat Parsekian.

Em maio de 1944, pelo voto secreto, foi eleita uma nova diretoria: Garabed Gudjenian (presidente), Vartkes Tavitian (secretário), Haigasun Chirinian (tesoureiro), e Gabriel Atchabahian, Dicran Echrefian, Sarkis Altebarmakian e Aram Seferian (conselheiros).

Em 1945 iniciou-se a construção de um edifício próprio para a escola, que veio a ser concluído em junho de 1946 sem o acabamento interno.

AS PRIMEIRAS FAMÍLIAS, ATIVIDADES, E FORMA DE SUSTENTO
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Família Alti Barmakian
Presidente Altino

Sarkis Alti Barmakian, imigrante oriundo da antiga cidade de ... Aguardando a família enviar o histórico





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Família Kamalakian
Presidente Altino

Imigrante oriundo da antiga cidade de Sis - Aguardando a família enviar o histórico





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Família Koulkdjian
Osasco

1 - Krikor (Cuco)

2 - Manoel Manug

3 - Vahantin (Valentina)

4 - Hagop (Sr. SiS)

5 - Arthur (Patolinha)

6 - Hatun (Rosa).





"clique AQUI para ver a história da família de Hagop Koulkdjian"






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Família Guselian
Presidente Altino

Imigrante oriundo da antiga cidade de Sis - Aguardando a família enviar o histórico





cao familias

Aguardando a foto de sua família
Presidente Altino

Envie a foto de sua família para hagopk@uol.com.br e um breve histórico a história da nossa comunidade agradece





cao familias

Aguardando a foto de sua família
Presidente Altino

Envie a foto de sua família para hagopk@uol.com.br e um breve histórico a história da nossa comunidade agradece





Nem todos os armênios foram ou quiseram trabalhar no Frigorifico Wilson ou como alguns que se empregaram na própria Hervy. Na verdade a grande maioria buscou variadas alternativas de sobrevivência em diversificadas áreas como comerciantes e profissionais autônomos.

Os imigrantes armênios traziam consigo o trauma da escassez que vivenciaram em sua jornada até chegarem a uma terra de paz. Isso os tornou pessoas muito seguras, não desperdiçavam absolutamente nada. E estranhavam o desperdício que viam nas latas de lixo por onde passavam.

Muitos deles vislumbraram a possibilidade de fazer dinheiro em coisas que para a maioria era apenas lixo.

Um exemplo disso é o armênio que com sua carroça de mão ia ao matadouro do frigorifico Wilson e recolhia os ossos dos bois abatidos que eram jogados fora. Ele carregava em sua carroça até sua casa e lá fazia a limpeza e processamento desses ossos e os polia. Após esse trabalho ele comercializava esses ossos com indústrias de cutelaria já que na época os canivetes e facas tinham seus cabos feitos de ossos ou madeira. Também vendia no bairro do Bom Retiro para indústrias de botões e pentes para cabelo.

Outro exemplo de atividade comercial autônoma, comum, entre esses primeiros imigrantes era que, quando chegavam a Presidente Altino, logo pensavam em possuir uma vaca leiteira. As vezes reuniam-se duas ou três famílias para essa aquisição. Além de alimentarem seus filhos utilizavam o leite para a produção de coalhada (Iogurte). A coalhada é uma tradição na culinária armênia e muito utilizada como acompanhamento de diversos pratos típicos.

Apos produzida essa coalhada era colocada em latas reutilizadas, muitas vezes latas de óleo de 18 litros, que os maridos levavam de trem para venderem.

Normalmente os compradores eram os armênios, libaneses e árabes de São Paulo que formavam um núcleo na região da rua 25 de Março.

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Hagop (Jacó do Amendoim)

Aqui em Osasco tivemos uma figura marcante e tenaz em seu trabalho de vendedor ambulante, com uma mão de apenas três dedos, vendia amendoim em sua cesta de vime e a latinha de massa de tomate que servia de medida para uma porção certa.

Seu trabalho era de domingo a domingo sempre em frente aos cine Glamour na Av. João Batista, em frente a portaria do Clube Floresta na rua Primitiva Vianco e diversos outros locais da cidade.

Conhecido como "Jacó do Amendoim" seu nome era Hagop - Morava em Presidente Altino e com seu trabalho sustentou sua família e formou seus filhos nas melhores faculdades.


No caso do meu avô o Sr. Hagop Koulkdjian, aprendeu a profissão de fotógrafo com um armênio de São Paulo (Poladian) e com sua câmera de tripé (lambe-lambe) iniciou-se nesse ramo pegando o trem em Osasco e indo ao centro de São Paulo trabalhando como fotógrafo ambulante.

Após algum tempo alugou um salão na altura do numero 90 da Rua Antonio Agu onde montou o primeiro estúdio fotográfico de Osasco em meado dos anos 30.

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Hagop Koulkdjian
e a esposa Valentina

O Sr. Hagop morava com a irmã em Presidente Altino e casou-se em 1933 com Valentina e tinha o sonho de adquirir uma casa.

Nessa época era mais barato adquirir um imóvel na rua Antonio Agu para se morar do que em Presidente Altino.

Foi quando surgiu a oportunidade de adquirir da Sra. Serena Ferre a residência que ficava de fronte ao Cotonifício Beltrano (Antigo Cotonifício Enrique D'Laqua).

E assim com a ajuda de familiares e suas economias o Sr. Hagop adquire o imóvel no inicio dos anos 40 para onde se muda com a família e transfere para esse mesmo endereço o seu estúdio fotográfico.

cao imigracao Esta foto é de 1921.

A Sra. de vestido preto é a Serena Ferre de quem o Sr. Hagop adquiriu a residência.

Nesta foto vê-se a lateral da casa que dá para a antiga Rua Tenreiro Aranha, hoje Rua República do Líbano.


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Residência e Estúdio Fotográfico do Sr. Hagop

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Rua Antonio Agu inicio dos anos 40.
Sr. Hagop na porta do foto a espera de cliente.



Era comum entre os armênios terem seus negócios junto a suas residências. Quase sempre montavam o negocio na frente do terreno e atrás construíam sua casa. O padrão dos terrenos em Presidente Altino tinham a medida de 10 mts. de frente por 50 mts de fundo.

Os armênios se ajudavam mutuamente, as diversas famílias interagiam constantemente como se fossem todos parentes.

Alguns armênios pegavam o trem e iam trabalhar no centro de São Paulo em oficinas de calçados de patrícios já estabelecidos a mais tempo. Não demorava muito e montavam seu próprio negocio em Presidente Altino.

Meu avô Harutium Guselian foi um desses que logo montou em frente a sua casa uma oficina de conserto de sapatos e logo começou a fabricar seus próprios modelos.

Os armênios em Presidente Altino iam diversificando sua forma de sobrevivência na medida de suas condições e iam surgindo armênios em diversas atividades como Barbearia, pequenos comércios de calçados, vendas de utensílios domésticos, padaria, alfaiataria, ambulantes, etc.

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Sapateiro Armênio
em seu comércio em
Presidente Altino

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Sapateiro Armênio
em seu comércio em
Presidente Altino



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Armênios
em seu comércio em
Presidente Altino

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Armênios
em seu comércio em
Presidente Altino



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Barbeiro armênios
em seu comércio em
Presidente Altino

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Comércio de Osasco com quase meio século onde
a receita da longevidade está no atendimento amigo,
bons preços e muita qualidade

Na foto o Sr. Pedro Vasilian, que com seus irmãos Avediz
e Arthur, montaram um pequeno comercio de meias e
confecções, “OCASIÃO DAS MEIAS”, inicialmente instalado
na Rua Antonio Agu na entrada do prédio que pertencia ao
Grupo Irka e onde inicialmente funcionou o Colégio Padre
Anchieta (a foto é desse prédio).

Os irmãos Avediz e Arthur faleceram, e passados 47 anos
de atividade ininterrupta o Sr. Pedro continua com seu
comércio hoje como franquiado da marca LUPO e instalado
na rua República do Líbano nº 28.
(foto década de 70)



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Casa Angela - Irmãos Nerguisian
Desde 1954 hoje o segundo mais antigo comércio de Osasco em atividade

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Casa Angela
Irmãos Nerguisian
Foto de 03/02/1956



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Casa São Pedro desde 1957
Fundada por Barkev Kamagian
Desenvolvida por seu filho Eduardo Kamagian
e hoje administrada pela terceira geração com os netos Emerson Kamagian e Paulo Henrique Kamagian

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Hoje [2022] é o 3º comercio em atividade initerrupta mais antigo de Osasco



DOZZA desde 1956
Fundado por Boghos Bochoglonian
Continuada por suas filhas Helena e Cristina
e hoje administrada pelas Filhas, Genros e netos.
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DOZZA



Fundado por Hagop Assadurian e seu pai a primeira padaria de Presidente Altino.
Depois de um tempo passou a ser uma Esfiharia tocada pelo filho Hagop e sua esposa Meire. Com a morte de Hagop e Meire passou por um período de inatividade voltando a funcionar, nos finais de semana, sob o comando dos filhos e nora
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Hagop (Jacó Padeiro), e sua esposa Meire



Fundado por................. aguardando histórico e informações da família.
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Família Guselian



Fundado por................. aguardando histórico e informações da família.
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Família Kamalakian



Fundado por................. aguardando histórico e informações da família.
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Família Tarpinian





Hagop Garagem agradece a todos da colônia que tiveram ou possuem seus negocios em Osasco, que puderem enviar foto, anuncio e um breve histórico da fundação e desenvolvimento.



Muitas mulheres armênias eram hábeis em crochê, bordado e costura. A diferente culinária armênia também foi se mostrando algo a ser explorado comercialmente.

No final dos anos 40 e início dos 50 começam a chegar em Osasco as grandes indústrias que passam a atrair grande número de mão de obra e surge os primeiros migrantes nordestinos e mineiros, que a princípio chegavam sozinhos sem as famílias. Empregados passavam a procurar onde morar. Os armênios viram aí uma oportunidade de aumentar seus rendimentos e passaram a construir em seus quintais pequenos cômodos com banheiro e lavanderia compartilhados para abrigar de forma acessível (baixo custo) estes migrantes - Surge aí os chamados "cortiços" em Presidente Altino.

Notas e Informações do Webmaster Hagop Koulkdjian Neto.

Este site não tem fins lucrativos, apenas o intuito de resgatar, divulgar e manter viva a história e tradições da Comunidade Armênia de Osasco.

Todo o conteúdo deste trabalho é fruto de centenas de horas de pesquisa, leituras, digitalizações, compilações e busca de documentos e informações cartoriais que trazem credibilidade aos fatos e histórias aqui descritos.

Nenhuma página dessa série esta finalizada, visto que a cada pesquisa novas informações surgem e vão complementando e enriquecendo esse trabalho. portanto a cada visita clique na tecla F5 do seu computador para atualizar.

Toda colaboração dos membros da comunidade é muito bem vinda: Fotos antigas; documentos; registros diversos - postais recebidos - e até depoimentos e histórico familiar poderão ser enviados digitados no formato Word. Mande para o e-mail abaixo:

hagopk@uol.com.br























Esta sessão esta em desenvolvimento sendo escrita por Hagop Koulkdjian Neto.







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