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O imigrante italiano Antônio Agu, ao comprar essas terras distantes 16 quilômetros de São
Paulo, implantou aqui uma chácara, a qual chamou de Osasco, o mesmo nome de sua cidade natal.
No mapeamento dessas terras, ficaram estabelecidas três vias de acesso para a estação de
trens: a Rua Dona Primitiva Vianco, a Rua Enricco Dell´Acqua (atual Rua Antônio Agu) e a
Avenida João Briccola (atual Avenida João Batista). A Rua Dona Primitiva Vianco foi a única
a manter o nome original. |
A Rua Enricco Dell´Acqua virou Rua Antônio Agu da seguinte forma: entre 1898 e 1919 ela
mantinha o mesmo nome, mas, com o início da construção da igreja Matriz de Sto. Antônio,
foi necessário que a herdeira de Agu, Giusephina Vianco Enrico, residente na Itália,
permitisse que a rua se prolongasse até o alto do morro. Concedia a autorização, o
alargamento e prolongamento acabaram ficando a cargo do engenheiro e morador de Osasco,
José Ferré.
Durante os festejos comemorativos para a construção da paróquia local, que contaram com a
presença de Giusephina e família, a rua passou então a chamar-se Avenida Antonio Agu. A
cerimônia religiosa aconteceria no dia 13/06/1919, com direito à procissão e demais
protocolos clericais.
Naquela época, olhando de onde era a estação, podíamos avistar na Rua Antônio Agu: a casa do
chefe da estação e as casas dos operários; a banca de jornais de Savério Spitaletti;
residências particulares; as entradas para as Vilas Beatriz e Cerqueira
(atual Shopping Osasco); a chácara de Vitório Smeriglio (atual loja Ponto Frio); a fábrica
de tecidos (hoje atual Osasco Plaza Shopping); a imponente residência da família Ferré
(atual Centro de Ofertas)e o resto de terra batida e cheia de charcos ladeada de pés de
eucaliptos que foram plantados no tempo de Agu. Durante longos anos essa foi a fisionomia
da rua.
Só a partir da década de cinqüenta é que o panorama urbano modificou-se, surgindo casas
comerciais, bares, padarias e pequenas lojas de artigos diversos, momento em que já estava
ocupada toda a sua extensão, reflexo da modernização e posterior instalação do município de
Osasco (1962)
No decorrer dos anos seguintes, o comércio local foi se expandindo e transformando a rua num
centro de compras para a população regional. Com as transformações exigidas pela urbanização,
a Rua Antônio Agu acabou ganhando um calçadão com aproximadamente 500 metros de extensão,
inaugurado na gestão do então prefeito Humberto Parro, e posteriormente modificado e acrescido
de palmeiras imperiais na administração de Celso Giglio.
O primeiro Shopping de Osasco – A galeria Fuad Auada, tradicionalmente chamada de Galeria,
hoje Shopping Galeria.
Em 1995, foi inaugurado o Osasco Plaza Shopping, que embelezou arquitetonicamente a rua
Antônio Agu, e contribuiu para a revitalização do centro comercial. Ali, porém, no mês de
junho do ano seguinte aconteceria uma explosão acidental que ocasionou centenas de vítimas
fatais, deixando de luto toda a cidade e todo o país. Mesmo assim, passados quatro anos do
trágico episódio, o Plaza apresenta recuperação recorde e nenhuma loja vazia. Estima-se hoje
que um público de mais de 50 mil pessoas freqüente diariamente os corredores do Shopping.
Sempre em processo de franca expansão, a rua que se transformou num verdadeiro mercado central
de diversos segmentos, serve também como ponto preferido para sediar grandes comércios e
empresas que se tradicionalizam pelo endereço estratégico.
Da estação ferroviária de Osasco, onde desemboca a nossa rua, milhares de pessoas vindas de
Carapicuíba, Barueri, Itapevi e outras regiões vêm, diariamente, trabalhar em nossa cidade e
prestigiar o nosso comércio local. A elas também se deve tanto desenvolvimento. E, é claro,
ao osasquense fiel, apaixonado por Osasco, que, mesmo tão próximo dos grandes centros
comerciais de São Paulo, nunca deixa de valorizar a concorrência e a criatividade de nossa
gente empreendedora, gente que está na direção das grandes lojas como também está em cada
esquina da Rua Antonio Agu.
A transformação de parte da Rua Antônio
Agu em "calçadão"
Foi no 1º mandato do prefeito Francisco Rossi (1973/77). A intenção era instalar um shopping ao
ar livre, transformando a Antônio Agu em um grande centro de compras. A primeira alternativa veio
com o "fechadão". A prefeitura asfaltou a rua e colocou em frente à estação de trem, três grandes
tubos de cimento, que serviram como floreiras. (FOTO)
Naquela época, apesar da concentração de comércios, a rua servia de ligação entre o Largo e a
Avenida dos Autonomistas. Assim, ao invés dos veículos subirem pela João Batista, seguiam pela
Antônio Agu. Só que o tráfego intenso colocava os consumidores em risco, já que as calçadas eram
estreitas.
O "fechadão" ocupava desde a Praça Antônio Menck até a Rua República do Líbano. Um trecho pequeno
para os dias atuais. Hoje, o Calçadão ocupa mais três quadras, até encontrar com a Avenida
Marechal Rondon.
Nova Transformação
Depois do primeiro mandato do prefeito Francisco Rossi, os lojistas e consumidores foram
consultados sobre a vantagem do "fechadão" ser expandido. O impasse sobre a nova intervenção
durou nove anos.
Tão logo o economista e comerciante Nichan Nergisian assumiu a presidência da Aceo (Associação
Comercial e Empresarial de Osasco), os lojistas propuseram transformar a principal rua de
comércio da cidade em "calçadão". Os objetivos eram evitar os atropelamentos e também acabar com
a poluição.
"A idéia dos lojistas era de que a Rua Antônio Agu, do Largo Antônio Menck até a Avenida dos
Autonomistas, fosse um grande shopping a céu aberto", conta Nichan. Porém, ao consultar novamente
a categoria para capitalizar recursos, os comerciantes, estabelecidos nos quarteirões acima da
Avenida Marechal Rondon, não acreditaram que eliminar o tráfego de veículos aumentaria o fluxo de
consumidores. "Por isso, o Calçadão termina na esquina da Rua Dante Batiston", explica.
Já em 3 de setembro de 1985, o então prefeito Humberto Carlos Parro, através do antigo EPO
(Escritório de Planejamento de Osasco), reuniu-se com o presidente da Aceo para apresentar um
projeto e os custos da obra. A Aceo chegou a formar a comissão Pró-Calçadão, integrada pelos
comerciantes Manuel Manug Kouldkjian, Nichan Nergisian e Pedro Seferian, encarregados de colher
informações e buscar financiador de parte dos custos das obras.
No Natal daquele ano, a prefeitura chegou a fazer uma experiência, autorizando o "fechadão",
entre o Largo Antônio Menck e a Rua Dante Batiston. A medida facilitou muito as compras de Natal.
Mesmo assim, o projeto de expansão não vingou. Em janeiro de 1986, a comissão ainda não tinha
integralizado o valor total das obras correspondente aos comerciantes. Isso porque, muitas lojas
tinham sede fora do município, o que tornava a adesão à obra ainda mais difícil, mesmo que os
lojistas contassem com financiamento do Banco Nossa Caixa.
Para as obras de construção do Calçadão, a prefeitura construiu a galeria de água pluvial. Além
disso, as redes de energia e telefonia passaram a ser subterrâneas. A prefeitura fez ainda a rede
de água e esgoto, e trocou o calçamento para lajotas nas cores branco, preto e verde.
Depois de muitas conversas, acertos, financiamentos e obras, o primeiro trecho, que conta com 283
metros entre a Rua Fiorino Beltramo e o Largo Antônio Menck, ficou pronto. Ele foi inaugurado no
dia 1º de novembro de 1986.
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